HISTÓRICO

Histórico Biblioteca Escolar Ivan Vasconcelos – EE Enéas França

Em 1º de junho de 1977, as 8h, na sala 01, aconteceu a reunião inaugural do Banco de Livros da EE “Enéas França”, a diretora na ocasião era a Srª Eleonora Maria Lamoglia França.

O Banco de Livros funcionou de 1977 a 1980.

E em 21 de setembro de 1979, as 16:45, na Sala 01 da EE Enéas França, foi instalada a Biblioteca Escolar “Ivan Vasconcelos”, para alunos e ex-alunos (aberta a Comunidade), com horário de funcionamento de 07:00 as 16:40 a diretora também era a Srª Eleonora França.

Quem foi Ivan Vasconcelos?

Escritor na década de 1960, na vertente da moderna ficção brasileira, autor dos romances: O Tropel (1965), Um Instante Depois (1961), Ninguém Sabe o Dia (1971), O Toque da Graça (1967) e A Passagem. Mineiro, nascido na pequena cidade interiorana de Argirita, que na época, foi distrito do Município de Leopoldina, filho de uma família conhecida, com raízes na zona rural da região.

Segundo RODRIGUES e CANTONI (2018, P.35)¹, Ivan Vasconcelos era filho de Catulino Moreira Vasconcelos e Adélia Atademo Vasconcelos, sendo pelo lado materno, descendente de imigrantes italianos. Os primeiros estudos foram no Grupo Escolar e no Colégio de Leopoldina, mudando-se para o Rio de Janeiro onde formou-se em Direito e exerceu sua profissão como advogado da Caixa Econômica Federal, assessorando a presidência da mesma. Entre os anos de 1956 e 1960, auxiliou na organização da Fundação das Pioneiras Sociais, instituição que prestava assistência social a famílias em situação de carência econômica, como também demais serviços a população.

Reconhecido pelos grandes críticos literários, Ivan Vasconcelos, conduziu seus romances como uma boa prosa, contando histórias da sua gente e da sua terra, na Zona da Mata de Minas Gerais.

Em “O Tropel”, o autor discursa traçando um paralelo entre os episódios e a metáfora; subjetivando entre a sociologia e a psicologia, contando sobre os conflitos de sua terra natal para passar de distrito a município e a região entre Leopoldina, Bicas, Cataguases, Juiz de Fora, envolvendo questões políticas, econômicas, dramas particulares, inquietações coletivas, entre outros.

Sobre Ivan Vasconcelos, afirmou o importante crítico, Agrippino Grieco: “Não vejo quem o exceda entre os prosadores da nova geração”.










Poesia de Jaime França (Argirita), em homenagem a Ivan Vasconcelos:

“A Ivan Vasconcelos”

Argirita, Argirita, Argirita,
Argirita, Argirita, Argirita,
Argirita não tem trem:
Mas o nome de Argirita,
Uma vez que se repita,
Parece o canto do trem.
Argirita é tão simples,
De tão simples é tão bela,
Lá no morro tem capela
E tem escritor também:
Argirita não tem trem.
Argirita é “A PASSAGEM”,
Passagem de minha vida,
De onde parti “mortal”,
Para “UM INSTANTE DEPOIS”,
Um dia, ser “imortal”.
Argirita não tem trem:
Mas o nome de Argirita,
Uma vez que se repita,
Parece o canto do trem:

Argirita não tem trem.
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¹REFERÊNCIA: RODRIGUES, José Luiz Machado. Dicionário de autores Leopoldinenses: com livros publicados, que nasceram ou viveram no município de Leopoldina / José Luiz Machado Rodrigues, Nilza Cantoni. - Minas Gerais: Ed. dos autores, 2008.